Foram 14 dias de debates, negociações e potenciais acordos; e como em edições anteriores, a 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP27) teve resultados variados. Houve um passo positivo em estabelecer o fundo de “perdas e danos” que prevê que os países que sofram danos humanos/materiais, em decorrência das causas adversas do aquecimento global, poderão ser indenizados pelos países que causaram a alteração climática. Mas apesar deste importante avanço, a migração climática não esteve no centro da agenda da COP27. E isto é preocupante.

Aproximadamente 22 milhões de pessoas são forçadas a se deslocar todos os anos em desastres climáticos, de acordo com a Organização Internacional para Migração (OIM). Expulsos por desastres ambientais extremos, os deslocados ambientais se tornam mais vulneráveis à violência, à insegurança alimentar e às doenças; e sem esforços globais para limitar as emissões de gases de efeito estufa, o Banco Mundial alerta que 216 milhões de pessoas migrarão por causa das mudanças climáticas até 2050 (sem incluir o Oriente Médio, América do Norte e Europa).

Segundo Andrew Harper, representante da ACNUR, com apenas 4% do financiamento climático direcionado para a África, principalmente na forma de empréstimos em vez de doações: “ são os países em desenvolvimento que mais têm feito para proteger e apoiar refugiados (…) demonstrando um nível de solidariedade global com o qual muitos no Norte [Global] poderiam aprender, e ainda assim não estão se beneficiando”. O esforço em prol do clima deveria ser global, e ainda assim, apenas os governos de Vanuatu e Fiji possuem planos de mobilidade climática disponíveis ao público.

Crianças da Nova Zelândia tentam escapar das enchentes ocasionadas pelas mudanças climáticas. Foto: The Guardian

Se há doze anos atrás, a COP16 pediu mais atenção e trabalho sobre as migrações climáticas, a COP27 seria um momento oportuno para traduzir essa afirmação em ação; e a ocasião não apenas para disponibilizar recursos para apoiar os governos, mas para reconhecer de fato a migração climática. Enquanto aqueles que são forçados a se mudar devido aos desastres não forem considerados refugiados ou trabalhadores migrantes sob a lei internacional, a migração induzida pelo clima não vai estar no centro do debate internacional.

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*Texto escrito por Camila Santos Barros Moura, fundadora da comunidade virtual Migrações em Debate.

Foto da Capa: Eita village, Tarawa, Kiribati

38 Responses

  1. Gemeinsames Vorglühen in fröhlicher Runde kann sich also allein schon finanziell lohnen. Darüber hinaus ist es auch der guten Stimmung zuträglich: Die Vorfreude steigt und man kann sich als Gruppe schon mal auf den Abend eingrooven. Der eingefleischte Partymensch weiß: Ein gutes Vorspiel hat noch niemandem geschadet. Zum Verkauf steht allerdings nur ein Nachbau: „Auch wenn es Davids persönliches K.I.T.T.-Auto ist, wurde es nicht in der Fernsehproduktion benutzt“, heißt es im Text der Aktionsanzeige der Seite „liveauctioneers.com“. Doch sonst scheint alles wie im Fernsehen: Fotos zeigen Hasselhoff in dem Wagen, dessen Armaturen eher an einen Spielautomaten in Las Vegas erinnern. Wir bauen Flipper exakt in Ihrem Design und nach Ihren Vorgaben. Hier finden Sie entsprechende Informationen und einige Beispiele bereits realisierter Projekte für Privatkunden und Unternehmen.
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