Mudanças na vida e no cotidiano de forma repentina, podem acarretar em sérios impactos na vida humana. Para as 89,3 milhões de pessoas que se deslocaram a força no ano de 2021, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), como resultado de perseguição, conflito e violação de direitos humanos; as consequências das suas travessias migratórias podem trazer consigo muita dor, saudade e solidão.

Os impactos na saúde mental daqueles que são obrigados a migrar não iniciam no momento em que o migrante embarca na sua jornada de fuga. Se ver ameaçado, ter crises de ansiedade e insônia pensando que a qualquer momento poderá morrer, ver a sua família ser perseguida devido às novas circunstâncias políticas geram uma condição de grave estresse e medo na vida das pessoas migrantes. É a partir de momentos como estes, que se inicia a experiência traumática que virá a ser escalada durante e após o deslocamento forçado.  

 A rota de fuga costuma ser repleta de desafios físicos, psicológicos e institucionais, e por situações inesperadas e humilhantes sobre o futuro, seus parentes e o fim do conflito. A maioria dos estudos sobre saúde mental em refugiados centra-se no Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), pois como destaca José Antunes em “Refugiados e saúde mental-acolher, compreender e tratar” (2017); a dificuldade em regular as emoções depois de ter sido exposto a acontecimentos traumáticos pode resultar em perturbações psicológicas como: tendência suicida, abuso de substâncias, depressão, psicoses e explosões de raiva.

Setembro Amarelo: Como as migrações afetam a saúde mental das pessoas que se deslocam? Foto: United Nations University.

Diante destes cenários, muitas pessoas migrantes ainda se sentem constrangidas em buscar apoio psicológico com um profissional qualificado. Por isso, a existência de políticas públicas de acolhimento psicológico é essencial para que estas pessoas possam refazer as suas vidas nos países que passarem a residir, dado que, falar sobre saúde mental das pessoas migrantes vai além de campanhas sazonais como o Setembro Amarelo. Dispor de serviços de saúde com intervenções preventivas focadas nessa população, pode ser o primeiro passo para ajudar efetivamente na adaptação e recuperação dos traumas trazidos pelas pessoas nesta condição.

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*Texto escrito por Camila Santos Barros Moura, fundadora da comunidade virtual Migrações em Debate.

Foto da capa: IFMSA

7 Responses

  1. According to the American Cancer Society, non Hispanic Black, Hispanic, and American Indian Alaska Native AIAN patients are less likely to be diagnosed with local stage disease 56 60 compared to non Hispanic White patients 64 66 purchase zithromax no prescription Presenting signs and symptoms of breast cancer may include a palpable breast mass most common, dimpling, pain, nipple inversion or unilateral nipple discharge especially when bloody or watery, peau d orange orange peel skin, erythema, or other skin changes

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