Ao trabalhar na educação básica, principalmente na esfera pública, nos deparamos com estudantes migrantes internacionais no dia a dia das salas de aulas. Há desafios muito além das barreiras do idioma para esses alunos, sentimentos como solidão, medo e falta de pertencimento podem aparecer em primeiro momento no ambiente escolar e nesse novo território de vivência.
A escola é um espaço de cruzamento de culturas e vivências individuais e coletivas, há um fator de grande riqueza nisso, porém também pode ser um ambiente de conflitos e de estranhamento do “diferente”. A escola historicamente traz tendências de caráter “padronizador” e “homogeneizador” de culturas, resultando muitas vezes na exclusão de alunos migrantes, visto que as vivências e saberes deles acabam sendo silenciadas.
Como educador, trabalhar, celebrar e representar as diversas culturas e saberes presentes no contexto diário da sala de aula é de grande importância. Não tendo benefícios apenas para quebrar a padronização de saberes e integrar os alunos migrantes, mas trazer uma vasta riqueza e troca de vivências que tornará o ambiente escolar muito mais acolhedor, educativo e representativo para todos.
Empatia, gentileza e representatividade são as chaves para a transformação em um ambiente escolar multicultural que celebra, acolhe e vê a importância das diversas vivências dos estudantes, trazendo a sensação de pertencimento nesse território.
*Texto Colaborativo escrito pela estudante de licenciatura de Geografia, Camila Kroupa , para o Projeto Texto Colaborativo com o Migrações em Debate, edição julho de 2023.
Foto da Capa: Info Migrants
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