Você já ouviu falar sobre o termo “ajuda  sustentável para migrantes e refugiados”?

A ajuda sustentável procura fornecer uma assistência a longo prazo para as pessoas migrantes, ao invés de apenas proporcionar uma ajuda emergencial e assistencial.

Este tipo de prática visa reconhecer que as pessoas migrantes e em situação de refúgio não buscam somente fugir das perseguições em seus países de origem, mas também, procuram por meios efetivos para reconstruírem as suas vidas. E para isto, eles necessitam mais do que doações. É preciso políticas públicas a longo termo. 

Estudantes refugiados estudando online em um dos laboratórios de informática do Arrupe Learning Center, Kakuma Refugee Camp, no Quênia. Foto: News Deeply – The New Humanitarian

Para migrantes e pessoas em situação de refúgio, a ajuda sustentável pode vir de diversas maneiras; como por exemplo, através do suporte prático e realístico para a aplicação em vagas de emprego, treinamentos, e cursos. Além do investimento na educação e nas habilidades dos migrantes, e a oferta de bolsas de estudos em escolas e universidades, assim como, a otimização do acesso aos serviços públicos e redes de apoio.

Para isto, é necessário uma mudança de perspectiva por parte dos países em investirem no futuro das pessoas migrantes e refugiadas.  A ajuda humanitária emergencial é crucial para os primeiros estágios do deslocamento forçado, mas não é a solução para questões a longo termo. Ao focar no empoderamento social e econômico, a ajuda sustentável permite que as pessoas migrantes organizem as suas comunidades, foquem no seu potencial e nas oportunidades que existem para o seu futuro. 

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*Texto escrito por Camila Santos Barros Moura, fundadora da comunidade virtual Migrações em Debate.

Foto da capa: The Horizons Tracker

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