Iniciei a comunidade virtual “Migrações em Debate” no final do ano de 2020, primeiramente no Instagram e depois com a fundação deste site, e desde então pude escrever aqui muitas reflexões e artigos sobre as temáticas migratórias que envolvem o Brasil e o mundo. Dessa vez, penso que agora é hora de vocês conhecerem um pouco da minha história e o que me moveu a fundar esta comunidade! Vamos começar com algumas perguntas.
1- Quem sou eu?
Sou Camila Barros, tenho 25 anos. Sou uma pessoa apaixonada pelo poder das palavras. Acredito em um mundo no qual todos nós possamos viver sem precisar fugir.
2- De qual lugar do Brasil eu escrevo para o Migrações em Debate?
No momento, escrevo aqui de Caruaru, Pernambuco, nordeste do Brasil. Mais conhecida como a capital do forró, já ouviu falar?
3- Qual é a minha história?
Eu sou neta de um poeta, então acho que por isso, a construção das palavras sempre teve um lugar especial na minha história. Elas constroem sentido e impactam vidas, por isso, desde muito cedo a busca pela educação é uma constante na minha vida. Essa minha identificação com a comunicação, com o uso da fala e das palavras me fez fundar a comunidade virtual e o site Migrações em Debate.
4- Quando passei a me identificar com a temática das migrações?
Para além do mundo acadêmico, considero o meu primeiro contato com a temática quando era adolescente e li o Diário de Anne Frank. Esse livro tocou o meu coração de tantas maneiras, sendo até hoje uma inspiração para a minha busca em conhecer as dificuldades e a coragem de tantas crianças migrantes e refugiadas pelo mundo. Mas foi na universidade, no curso de Relações Internacionais que de fato eu pude academicamente trilhar um caminho de pesquisa voltado aos estudos migratórios.
5- Algumas experiências que vivi e que gostaria de compartilhar com vocês:
Ainda na universidade tive a oportunidade de representar o Brasil no European Development Days em Bruxelas, um evento que reuniu toda a comunidade mundial engajada em prol do desenvolvimento. Anos depois fui, durante dois anos, Coordenadora de Políticas para Mulheres Jovens e Conselheira Municipal da Juventude na minha cidade. Hoje sou pós- graduanda em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global.
6- Uma aspiração?
Sempre aperfeiçoar os meus conhecimentos na temática e quando houver a oportunidade, contribuir institucionalmente em alguma organização/instituição que trabalhe em prol da emancipação das pessoas migrantes, em especial as crianças.
7- Entre tantas temáticas migratórias, qual é a que mais me move?
Com certeza é a situação de invisibilidade vivenciada pelas crianças migrantes. Temos muito o que ainda avançar para garantir que toda e qualquer criança migrante tenha os seus diretos à vida, saúde, educação e família assegurados.
8- Como surgiu o Migrações em Debate?
Penso que a semente foi plantada um ano antes da pandemia, quando vivi uma experiência complexa com migrantes venezuelanos na minha cidade. O quão eles foram incompreendidos e silenciados foi gritante para mim. Então veio a pandemia, e me questionei bastante sobre o que eu estava fazendo, para além da vida profissional, que não contribuísse para a realidade de incompreensão que muitas pessoas migrantes vivenciam. Cheguei à conclusão que a minha parcela de contribuição, seria provocar o debate sobre a temática, da forma que era possível no momento, escrevendo, opinando e sensibilizando a sociedade sobre os motivos que levam uma pessoa a migrar. Usar a minha voz em prol da vida dessas pessoas e por um mundo no qual ninguém precisasse fugir para poder viver plenamente, continua a ser o que me move.
9- Qual é o objetivo do Migrações em Debate?
Penso que o Migrações em Debate tem o intuito de provocar debates e reflexões sobre o contexto migratório no Brasil e no mundo. Tudo começou no Instagram e depois no lançamento do site, hoje são mais de 800 pessoas que acompanham os nossos artigos, mas que também podem ser agentes de mudança no mundo particular e comunitário que vivem. Não é preciso ser uma voz para as pessoas migrantes, eles têm suas próprias vozes. Mas podemos ampliar o volume das suas vozes através daquilo que compartilhamos, para que enfim o mundo os ouça.
10 – Uma frase que me inspira todos os dias:
“Apesar de tudo eu ainda creio na bondade humana.” Anne Frank
Use a sua voz também, vamos junt@s!
2 Responses
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