A Equipe Olímpica de Atletas Refugiados (as) e o papel do esporte na integração dos migrantes.

Em 2016, durante as Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, pela primeira vez fomos apresentados a uma Equipe Olímpica formada unicamente por atletas refugiados e refugiadas. Naquela ocasião, 10 atletas refugiados (as) de quatro nacionalidades diferentes competiram em quatro modalidades esportivas; e atraíram a atenção do público para o significado do acolhimento e da integração de pessoas refugiadas através da prática esportiva.

Nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, não será diferente. Neste momento em que o mundo registra 82,4 milhões de pessoas que foram forçadas a se deslocar até o final de 2020 devido a conflitos, violências e perseguições (ACNUR, Tendências Globais 2020); mais uma vez o mundo acompanhará a resiliência e a coragem dos 35 atletas refugiados e refugiadas que integrarão a Equipe de Refugiados, desta vez competindo em 12 modalidades esportivas.

Diante de episódios cotidianos de exclusão e xenofobia, e da falta de oportunidades e dos graves riscos à saúde mental e física durante a travessia das fronteiras; o esporte e a atividade física podem ser uma ferramenta de inclusão, de integração e de reconstrução de vidas para milhares de migrantes ao redor do mundo. O esporte tem a capacidade de renovar a conexão humana, de fomentar a cultura de paz, de promover a saúde física e mental, e de reerguer pessoas através do desenvolvimento pessoal e a da prática da autoconfiança.

Para além da árdua preparação esportiva típica dos atletas, o time de 35 atletas refugiados (as) vão carregar consigo algo único e incomensurável: a resiliência adquirida diante das adversidades enfrentadas em seus países de origem, durante as travessias e nos países de acolhimento; tudo isso, fruto de suas histórias pessoais de determinação, superação e de esperança.

Mais uma vez, a representatividade deste time de atletas nos mostrará a singular capacidade das pessoas em situação de refúgio, e a possibilidade de que eles também contribuam, através do esporte, para uma cultura de paz em suas comunidades de acolhida. E tudo isso só é possível quando lhes é apresentada uma oportunidade de aproveitar ao máximo seus talentos e habilidades, e quando há pessoas por trás que acreditam em suas potencialidades.

Nos próximos dias, demonstre apoio, acompanhe e torça pelo Time de Atletas Refugiados (as).