Ser migrante envolve muitas dificuldades, como: dificuldade linguística, de conseguir emprego e de adaptação cultural. São muitas as razões que levam à migração. A mais frequente é a busca por melhores condições de vida, mas, será que um imigrante consegue realmente alcançar esse objetivo ao chegar no país acolhedor? O Brasil é um dos países que trata o migrante como patriota, porém mesmo assim, parece que essas informações não são tão divulgadas, visto que, muitos acabam se isolando do resto da população por se sentirem negligenciados. Ser mulher migrante é ser uma guerreira que quebra diversas barreiras como as de emprego, habitação, saúde e educação.
Uma mulher imigrante é uma das pessoas mais expostas às violações como o tráfico de pessoas, o contrabando e a exploração sexual. O estado civil de uma mãe pode afetar o status dela como migrante? Uma mulher migrante e mãe solteira tem mais desafios que qualquer outro migrante. Sua luta para seu desenvolvimento tanto pessoal como profissional, e a busca do bem-estar de seus filhos é de extrema dificuldade, especialmente quando não tem apoio do governo, nem de familiares. Além disso, ser mãe solteira, seja no Brasil ou em outro país do mundo, envolve ainda mais dificuldades devido à ausência do parceiro/companheiro para lidar com as dificuldades diárias, seja para levar o(a) filho(a) para escola, fazer compras, comprar remédio, entre outros.
Outra dificuldade que deve ser levada em consideração é a falta de uma rede de apoio no qual essa mulher possa contar e lidar em situações de apuros, pois sem esta, a mãe migrante pode ter danos à saúde mental. Diante disso, seus esforços devem ser dobrados para conseguir suprir suas necessidades e manter um estilo de vida saudável. Apenas algumas dificuldades das mães solteiras migrantes no Brasil foram relatadas neste texto. É um assunto que deve ser levado a sério para que os direitos estabelecidos na lei de migração brasileira sejam respeitados. O governo e as organizações precisam ter a responsabilidade de promover o direito da mulher migrante e mãe solteira, para garantir o acesso destas aos serviços públicos.
*Texto escrito por Clotilde Munongo, mulher, congolesa, mãe, empreendedora e vice-presidente da Associação Mulheres Emigrantes Unidas (MEU); mora há 3 anos no Brasil e cursa Relações Internacionais na Universidade Positivo.
Foto da Capa: The New Humanitarian
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