Todos os dias, milhares de meninas e mulheres pelo mundo estão expostas a diferentes tipos de violências baseadas em seu gênero, simplesmente por serem mulher.
Hoje, 8 de março, dia em que o mundo celebra simbolicamente a luta das mulheres em busca dos seus direitos e do seu papel ativo em nossa sociedade, precisamos lembrar das meninas e mulheres migrantes e refugiadas que estão a cruzar as fronteiras diariamente, que não possuem documentos migratórios atualizados ou que se encontram incapazes de transpor as fronteiras para protegerem as suas vidas.
O que as meninas e mulheres migrantes encontram no caminho em busca da sua liberdade, vida e autonomia; é frequentemente o cativeiro, a morte, a xenofobia, a exaustão mental e psicológica e a ameaça. As condições listadas acima são quase que vivenciadas diariamente pelas centenas de meninas e mulheres migrantes, refugiadas e que se encontram em situação de deslocamento forçado devido às guerras, aos governos opressores, às religiões fundamentalistas, às perseguições políticas e aos perigosos jogos de poder da nossa sociedade patriarcal.
Hoje queremos exaltar a luta das meninas jovens migrantes e vítimas do casamento forçado, que se arriscam cruzando as fronteiras, na certeza de que querem continuar a viver e a construir um futuro distante do abuso e da opressão. Exaltamos as mães migrantes e grávidas que deixam a sua terra natal em busca de um futuro digno para os seus filhos, longe da perseguição racial e política. Exaltamos as centenas de mulheres migrantes idosas, que continuam a ter esperança de um dia reencontrarem e reconstruírem as suas famílias afetadas pelos horrores da guerra e dos conflitos internacionais.
Exaltamos as mulheres transexuais e migrantes, que têm a coragem de buscar refazer suas histórias longe da violência e da perseguição religiosa. Exaltamos as meninas migrantes que vivem em centros de detenção para imigrantes, confinadas, separadas das famílias e vítimas do tráfico humano, e que até hoje sonham em brincar novamente com os seus pais e amigos.
Precisamos lembrar das meninas e mulheres migrantes, não só no dia de hoje, e engajar-nos nesta luta. Pois lutar pelo direito de restabelecer a dignidade humana cabe a todo ser humano, independente do seu gênero, da sua cidadania ou do seu “status” perante a sociedade. Nenhuma mulher é menos mulher por estar indocumentada. Nenhuma mulher é menos mulher por morar em um país diferente da sua pátria. Nenhuma mulher é menos mulher por ser migrante.
Nenhuma mulher é ilegal.
Foto da Capa: IALS – Institute of Advanced Legal Studies
*Texto escrito por Camila Santos Barros Moura, fundadora da comunidade virtual Migrações em Debate
5 Responses
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