A selva de Darién tornou-se uma das principais rotas migratórias na América Latina, após a abertura das fronteiras no pós-pandemia. Localizada entre as fronteiras da Colômbia e o Panamá, a floresta tropical equivale a 575.000 hectares, tornando-se o principal corredor migratório entre a América do Sul e a América Central, e consequentemente um possível caminho de entrada para os Estados Unidos. Nesta rota migratória, os viajantes enfrentam múltiplos perigos, como animais selvagens, serpentes e insetos venenosos, rios de correntes intensas e a presença de grupos criminosos envolvidos em tráfico humano, violência sexual e tráfico de drogas.

A rota migratória de Darién: Um embarque para o inferno. Foto: The New York Times

A perigosa travessia pode durar 10 dias em mata fechada, ou mais dias para pessoas em situação vulnerável. Segundo o governo do Panamá, 151.527 migrantes cruzaram a fronteira que separa a Colômbia do país entre janeiro e setembro de 2022. Deste número total, 107 mil são venezuelanos, seguido por 8.579 haitianos, 4.322 cubanos e 14.297 migrantes vindos de outros países como Afeganistão, Angola e entre outros.  

De acordo com a Irmã Myriam García; da congregação das Irmãs de São João Evangelista, uma organização que busca acolher e informar os migrantes sobre o perigo da rota, a floresta de Darién “agora já é um cemitério. Muitas pessoas não saem vivas daquela floresta, tão perigosa”. Daríen é um embarque para o inferno, e apesar de muitos migrantes já terem vivenciado anteriormente travessias perigosas arriscando suas vidas; a floresta tornou-se uma das poucas rotas terrestres para migrantes que receberam vistos humanitários nos países da América do Sul, como o Brasil, mas optaram por não permanecerem nestes países devido às crises socioeconômicas dos últimos anos.

A rota migratória de Darién: Um embarque para o inferno. Foto: The New York Times

A selva de Darién aos poucos torna-se uma tragédia humanitária silenciosa, na qual envolve a falta de acesso à informação e o desespero humano em buscar um lugar seguro para reconstruir a sua vida. Infelizmente, poucos se dão conta que para aqueles que conseguem concluir esta complicada travessia, o perigo está apenas começando, ainda há pela frente o Serviço de Proteção de Fronteiras dos EUA, no qual mais de 155.000 venezuelanos já foram apreendidos só no ano de 2022.

Foto da Capa: The New York Times

*Texto escrito por Camila Santos Barros Moura, fundadora da comunidade virtual Migrações em Debate.

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